Boa Viagem

Vandré VenturaBoa Viagem

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sei Lá o Que

















Ainda dói em mim passar no portão dela
E quem já naufragou em mim
Já não aparece na janela.
E quando eu passo quando eu posso eu disfarço
Porque a minha vida é a linha das tuas mãos
E sigo calado mergulhado nos passos
Que confirmam as suspeitas que eu ando sem chão.
É só saber!
Eu inverto a poesia que um amigo me dizia
Que as noites de inverno não precisam de você.
Sei lá o que!
De uma casa tão vazia que ainda sente tua partida
Está tudo tão na cara, já não da mais pra esconder.
Agora eu fico aqui, ficou gigante o nosso quarto
Eu sinto falta sim, de ver jogados os teus sapatos.
Me sinto tão fraco lançado ao espaço
Se isso é ser livre eu quero a minha prisão.
Escuta esse otário que ainda guarda o retrato
Que fala sozinho e não tem atenção.
É só saber!
Eu inverto a poesia que um amigo me dizia
Que as noites de inverno não precisam de você.
Sei lá o que!
De uma casa tão vazia que ainda sente tua partida
Está tudo tão na cara, já não da mais pra esconder.

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